quarta-feira, 22 de julho de 2009

ELE caiu

O Papa caiu no banho. Machucou a mão. Sendo o Papa quem é, surgem-nos algumas dúvidas. Deus não estaria lá para o proteger? Ou estaria a castigar o Papa? Ou estaria a chama-lo para junto de Si e arrependeu-se? Se assim é, por qual motivo se arrependeu?
Qualquer dia, o Vaticano decide que o Papa não deve ir ao quarto de banho para evitar perguntas. Toda a gente sabe que o Vaticano não gosta de perguntas.

Uma escola para alguns

Com o Sr. Arlindo a entrar na história do BPN é mais um representante do período áureo do PSD no Governo e com maioria absoluta. O caso daqueles terrenos que eram protegidos em Alcochete e depois da CDU perder aí as eleições deixaram de ser protegidos por iniciativa do governo do PS. Um processo que demora algum tempo, aqui foi em três ou quatro dias. O novo autarca de Alcochete é arguido; infelizmente não estranhei que este autarca seja do PS. Se começarmos a pensar nos presidentes de Câmaras que, por este País, têm problemas com a justiça e se associarmos aos partidos que os apoiaram e continuaram a apoiar e só no limite dos processos se afastaram, vemos que os partidos do Bloco Central de Interesses são uma verdadeira escola mas só para alguns. Eles acusam-se e protegem-se mutuamente.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os Exames Nacionais

Todos falam em facilitismo nos exames mas ninguém diz o que se entende por isso. Se há notas boas é facilitismo; se há notas más, os alunos não estudam porque a escola pública não ensina. Assim nada se consegue. Os exames não são fáceis nem difíceis. O problema parece-me que está na preparação que se consegue dar aos alunos, seja no básico, seja no secundário. No decorrer do ano lectivo tudo é feito para que o insucesso seja camuflado. Há um clima de pressão sobre os professores, e estes vão arranjando numerosos argumentos e motivos para dar classificação positiva a quem não tem conhecimentos para a merecer; assim, participação na aula dá pontos, fazer os trabalhos de casa, mesmo copiados, dá pontos, intenção de participar dá pontos, a pontualidade dá pontos, e com tudo isto reduz-se o peso dos testes. Os mais prejudicados são os estudantes das camadas mais carenciadas cultural e financeiramente. visto ter reduzidas possibilidades de arranjar fora da escola o apoio necessário.
Infelizmente, os professores que em tantas situações deram provas de grande brio profissional, aqui mostraram um profundo desrespeito pelo seu próprio trabalho. A discussão sobre os exames serem fáceis ou difíceis carece de sentido. Somar 236 com 123456 é capaz de ser difícil para quem só sabe contar pelos dedos, independentemente da classificação obtida na escola.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O descaramento

Com o jornal "Público" de 6 de Julho último, na página 3, ficamos a saber que em Janeiro de 2009, os Estados Unidos da América e a Federação Russa possuíam 5576 e 3909 ogivas nucleares. Que direito têm de querer decidir se a Coreia do Norte ou o irão ou outro país qualquer pode ou não ter armas nucleares? NENHUM deveria ter.

Os Estados Unidos da América querem ter o poder de dizer quem são os bons - os que podem ter - e quem são os maus - os que devem sofrer sanções internacionais por tentarem ter armas nucleares. A China tem e, para os EUA, deve ser dos bons pois não qualquer tentativa de exercer sanções contra a China. Reino Unido, França, Brasil, Israel, Paquistão e Índia também são do cluve dos bons.

Quantos ensaios fez a Rússia ou os EUA ou a França até hoje?

Que país lançou propositadamente duas bombas atómicas contra civis? Foi a Coreia do Norte? Foi o Irão? Não. Foi os EUA. Da maneira como falam, nada fazia prever.

Aqui no nosso Caranguejo, os partidos que nos governam aceitam submeterem-se e submeterem o país às vontades dos senhores que mandam nos EUA. Foi com o Iraque. É com a Sérvia. É com o Afeganistão. Foi com Timor. É com as Honduras! Aqui é derrubado um Presidente democraticamente eleito e é quase o silêncio sobre o assunto.

sábado, 11 de julho de 2009

Se eles dizem ...

O actual ex - ministro da economia decretou antes que a crise tivesse estourado que o governo tinha tomado as medidas necessárias para defender a economia nacional, logo, a crise praticamente não afectaria o nosso país. Agora, tudo é justificado pela crise que não deveria ter vindo porque o governo tinha sido competente nas medidas que tomou.

O actual ex - ministro da economia decretou mais tarde que a crise tinha acabado. Vê-se.

O actual ex -ministro da economia foi demitido por causa de chifres. Injusto ter ficado no lugar até precisar disto para sair.

O sr. Berardo, um dos grandes ricos do país, já convidou o actual ex - ministro de economia para um lugar de administrador na sua Fundação.

E com base em quê? Na competência do actual ex - ministro da economia? Não parece. Na sua capacidade de previsão? Duvida-se. Nos bons serviços prestados? Parece plausível.

A quantidade de dirigentes políticos, deputados ou governantes, que têm interesses com os grandes financeiros e empresários é grande. Quando deixam os cargos públicos vão continuar a servir os novos patrões. E de onde são? PS, PSD e PP.

O dirigente do Bloco de Esquerda porta-voz da Comissão de Trabalhadores da auto-europa lá estava no jantar de homenagem ao actual ex - ministro da economia. Esta "esquerda moderna" vai se mostrando. É uma questão de tempo e ... oportunidade.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Obra governativa

Estão a acabar os assaltos às agências bancárias. A acção do governo tem contribuído para a diminuição daquelas cenas horríveis de reféns, tiros, prisões ou mortes. A acção do Banco Central na maneira como investiga a acção dos bancos tem contribuído fortemente. Ora, quem é responsável pela acção do banco central? O seu director Vítor. E quem é responsável por ele lá estar? O governo. aplicando a propriedade associativa, bem pode o governo se vangloriar de ter diminuído os assaltos às agências bancárias. O PSD ataca o governo, pois lembra que este mesmo director esteve lá quando o próprio PSD e PP fizeram governo. Assim, o PSD/PP também querem a sua quota parte na diminuição dos assaltos às agências bancárias.

A expressão "assaltos a bancos" acabou; agora trata-se de "encontro de colegas"!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os burros são eles?

Os polícias contestam a reforma imposta pelo governo e logo vem o Sr. Ministro ou o Sr Secretário de Estado dizer que NÃO VÊ motivos para a contestação, dizer que NÃO ENTENDE a contestação.

As populações contestaram o fecho de Centros de Saúde e hospitais e logo veio o Sr. Ministro ou o Sr. Secretário de Estado dizer que NÃO VÊ motivos para a contestação, dizer que NÃO ENTENDE a contestação.

Os professores contestaram o no Estatuto Profissional e logo a Sra Ministra e os seus Secretários de Estado vieram dizer à opinião pública que NÃO VIAM motivos para a contestação, que NÃO ENTENDIAM a contestação

E assim sucessivamente para cada ministério

Eles não são burros. Apenas pensam que NÃO VER e NÃO ser capaz de ENTENDER são qualidades apreciadas e que dão prestígio. Os ministros anteriores do anterior governo diziam o mesmo que os anteriores a eles que seguiam ....

Houve um governante que nunca teve dúvidas e raramente se enganava e gostava de bolo-rei e gostava de mostrar o seu gosto pelo bolo-rei, mostrando aquela fatia enorme mastigada na sua boca enquanto falava a um jornalista.

Podia haver alguém no governo que entendesse, embora discordasse da contestação. Esta na hora de afastar do poder os partidos que são dirigidos por quem não entende.

Perante quem é incapaz de entender não é possivel dialogar, não possível negociar, chegar a um acordo. Isto necessita de pessoas que entendam e que não façam da capacidade de não entender uma arma. Quando se tem maioria absoluta esta é uma arma poderosa, muito poderosa.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O País do Caranguejo

Estavam dois amigos a pescar caraguejos. Enquanto um tinha uma tampa, o balde do outro estava aberto sem qualquer tampa. O primeiro amigo quando apanhava um caranguejo, levantava a tampa, atirava o animal para o balde e fechava a tampa rapidamente; o segundo pescador, apanhava o caranguejo e atirava-o para dentro do balde e pronto. O primeiro pescador chamou a atenção deste, dizendo,
- Olha que os caranguejos fogem!
O pescador em causa respondeu-lhe:
- Não te preocupes, o meu caranguejo é português!
Perante esta resposta, o primeiro retorquiu,
- E o que tem isso?!
- Tudo -
esclareceu o segundo - quando um caranguejo começa a subir os outros puxam para baixo!

Este comentário, ouvi na rádio, não sei que estação, Antena 1, Antena 2 ou TSF pois são aquelas que habitualmente ouço. Comentários generalistas trazem consigo uma boa dose de injustiça, pois há muita gente que não é assim. Há, no entanto, uma tendência para o "bota-a-baixo". Apesar das muitas e muitas excepções, ficou o título, porque ele existe e, com os governos prepotentes do bloco central, PS-PSD/PP, ele tende a aumentar. juntamente com "caranguejo" vem a bajulação, a subseviência, o ataque a quem não se conforma.
Paulo Morgado