terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Maioria Silenciosa

A 28 de Setembro de 1974, a direita tentou promover uma grandiosa marcha sobre Lisboa de apoio ao então Presidente da República, General António de Spínola. Com essa marcha entrariam armas em Lisboa para uma tentativa de golpe de estado de tipo fascista. Seria instaurado um estado de excepção, as primeiras eleições livres, em 25 de Abril de 1975, para a Assembleia Constituinte seriam adiadas, os partidos políticos seriam suspensos, as liberdades sindicais seriam condicionadas. O CDS e o PSD apoiaram o general Spínola; o PS deixou andar, apoiando pela sua neutralidade. Só PCP foi contra e veio para rua e mobilizou amplas camadas da população pela defesa das liberdades democráticas. Quando a situação estava mais ou menos perdida para o Spínola e os fascistas, o PS apelou à mobilização popular e veio para a rua cheio de bandeiras gritando "liberdade!", "liberdade!". As primeiras eleições livres realizaram-se, em grande medida, graças ao PCP. Ganhou-as o PS e em segundo ficou o PSD. Hoje, 2009, o PCP continua a defender as liberdades democráticas, os mesmos princípios que estiveram na base da Constituição da República, aprovada pelo PS, PSD, PCP, UDP, MDP/CDE. O MDP/CDE acabou, a UDP diluiu-se no BE, o PS e o PSD deram o dito pelo não dito nos princípios que se comprometeram a defender; hoje apregoam o contrário do que juravam em 1974. Até o CDS defendia em 1974 uma sociedade socialista. Só o PCP mantém respeita, desde sempre, os compromissos assumidos com povo. OS PARTIDOS NÃO SÃO TODOS IGUAIS!!! O PCP, concorde-se com ele ou não, não merece ser posto no mesmo saco dos outros.

Ao PCP pela sua seriedade, pela sua dignidade, a minha profunda admiração e respeito!

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